Melhor destino no Valongo Portugal para solteiros

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Apercebera-se que o Vieira contava mais uma das suas façanhas e queria ouvir. Salvou de leve e pôs o ouvido à escuta. Até lhes digo mais — insistiu o Vieira — por essas terras era muito frequente haver esses nomes. Leal, acredite se quiser, mas que se passou, passou! Nisto ouviu-se o sino da Igreja a dar o meio-dia.

Pôs-se a caminho e ou outros ainda ficaram na conversa. Lourenço d' Asmes e o outro em sentido oposto, para a Gandra. Semanas mais tarde, por época da festa do S. Roque, que se festejava em meados de Agosto, na Codiceira, encontraram-se no tasco do Lagoa. O ambiente era o mesmo do dia da sua chegada a Alfena. Bebiam-se umas canecas de vinho, conversava-se em alta voz, e as cartas eram jogadas numa mesa ao lado. O ruído era tanto, que nem se aperceberam da chegada do Vieira, acompanhado do David.

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A pequena capela, com a porta aberta, mostrava as três imagens dos santos, que continha no seu interior. Naqueles tempos difíceis eram poucos os momentos que os habitantes tinham para conviver e o povo aproveitava-os sempre que podia. Servida a receita, foram sentar-se a um canto, onde o Vieira, enchendo as duas malgas, se serviu duma e deu a outra ao jovem que o acompanhava. O jovem David, tinha-se abeirado dele, com o intuito de lhe ser contada a história dos franceses, conforme ele tinha prometido e lhe tinha sido transmitido pelo sr.

Segundo me contaram, pensaram, até, em demolir a ponte para evitar que os franceses avançassem. Cada imagem era entendida, pelo David, como se tivesse como pano de fundo a ponte de Alfena, ou Ponte de S. Nunca a festa de S. Roque tivera a concorrência de um Vieira, que retirava clientes ao evento, levando-os a ouvir as suas histórias. O ambiente do tasco ficou silencioso, mesmo depois de terminado a narrativa.

Só passados alguns minutos, houve coragem para perguntar se a história tinha terminado. Terminou a história e terminou a festa.

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Ainda nesse dia à noite, um almocreve, que regressava do seu trabalho, viu o David debruçado sobre as pedras da velha ponte de S. Infeliz destino, para um jovem sonhador. Esse facto fez com que alguns habitantes e por razões diferentes, na época, a considerassem, também, como a ponte do Demo.

Memoriais simples que envolvem pequenas histórias para contar. A sua importância e presença era tal que esta palavra se impôs como topónimo. E, cedido ao CPN. Mais tarde a autarquia trocou todo esse espaço, com a CP. Esta empresa fez alguns lotes e deixou o resto a monte. Por essa porta passavam os atletas suados e sujos que vinham banhar-se ao rio. Situada entre o casario e paredes meias com convento de S. Bento da Vitória e em frente à chamada porta do Olival, possui planta quase triangular e albergou o Tribunal e a Cadeia.

Vítor, de Santa Rita, do Sr. No segundo andar situavam-se os salões de Nossa Senhora do Carmo, e de S. José e a saleta das mulheres, lugares mais salubres dos que as enxovias. Também se situavam neste terceiro piso as enfermarias. Existe, também, uma capela dos presos onde se celebrava missa.

Também existiam duas oficinas para trabalho de mulheres e um parlatório para os presos comunicarem com as suas famílias. O edifício possuía deficientes infra-estruturas. Os primeiros dias custaram muito a passar.

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A dele era de quinze anos. A voz do juiz entrou nos seus ouvidos como ferro em brasa. Quinze anos iriam ser passados naquele antro. Nestas condições eram frequentes as mortes devido à tuberculose pulmonar e às faltas de cuidados médicos e de higiene. Ele chegou sem qualquer meio de subsistência, trazendo apenas a roupa que trazia no corpo. Por vezes os seus companheiros pegavam-se em fortes rixas e na maior parte das vezes acabava a rixa com um deles esfaqueado.

Um dia caiu um a seus pés com uma navalha espetada no ventre, por uma rixa motivada por posse de um maço de tabaco.

Durante o tempo em que a vista infeccionou esteve recolhido na enfermaria da cadeia. Aí tinha os cuidados de uma velha enfermeira que acompanhara um seu filho à pena, tendo este sucumbido por desgosto e por doença. A sopa era sempre igual e tinha como base um punhado de feijões e farinha, por vezes adubada com um pouco de toucinho. Triste vida de um prisioneiro, nestas condições.

Os presos que recebiam visitas ficavam cheios de esperança e algo os mantinha vivos. Dos outros lugares por onde andara nada esperava, pois eram parcas as ligações, mas de Alfena, poderia vir alguém.

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Nunca ninguém o visitara. Seriam vivos? Estaria bem? Nem a luz do dia podia ver. Que hora maldita que o fez cair na desgraça. Do Porto também tinha algumas saudades ténues. Silveira ia à missa, sem nunca imaginar que um dia seria um desses presos desgraçados. Notícias dos seus companheiros de trabalho e das pessoas suas conhecidas.

Apesar de os considerar amigos, nenhum deles o visitou. Neste novo local, também era respeitado e adquiriu a postura com que viveu até ao fim dos seus dias. Liam-lhe o jornal, e assim ia estando a par de tudo o que se passava no exterior, nomeadamente a Primeira Grande Guerra, que decorreu de Era desgraça que teria de suportar até ao fim dos seus dias. O carcereiro providenciou que o levassem para onde quisesse.

Ainda pensou ficar no Porto como mendigo. Mas certamente seria acolhido na casa onde trabalhara, na Ferraria. Chegou a Alfena, sem a alegria da primeira vez. Apeou-se no Outeirinho, à entrada da Ferraria. Foi reconhecido por uma velhinha com quem tantas vezes conversara.

Sou a Ana. Ela acedeu e acompanhou-o. Era mais uma boca a alimentar e a época difícil. Terra pequena onde se pode ver as c As suas gentes dedicavam-se à agricultura de subsistência. A vida era muito difícil. Constance só ficou ligada ao mundo quando em foi finalizada a Linha do Douro, que liga o Porto a Barca de Alva, tinha o Constantino 10 anos.

Disponibilidade

Gente humilde, lavradores colonos — como consta dos registos — cultivavam terras de senhorios, onde repartiam as colheitas — três partes para o senhor da terra e uma parte para a família dos caseiros. Quando casaram, a 23 de Julho de , vivia-se o fim da monarquia e os tempos eram difíceis, com a crise de poder e a crise económica.

Homem de ideias fixas e teimoso. Ia de terra em terra, de feira em feira, com as juntas de bois, touros ou vacas com o fim do negócio, para poder arranjar mais um ganho extra para matar a fome à sua família. Davam-se muito bem, e o Constantino pensou em dar-lhe a honra de ser o padrinho desse filho. Na altura, arranjar padrinhos para os filhos era difícil, devido às dificuldades em que se vivia.

Os mais poderosos, como era o caso, eram os alvos principais para o convite, havendo mesmo, alguns senhores que tinham afilhados às dezenas. Costume cultural que tinha o seu encanto, permitia a partir do nome do afilhado saber-se quem poderia ser o seu padrinho e, os nomes iam-se repetindo ao longo das gerações. Era normal haver tios e sobrinhos com os mesmos nomes. O Constantino, matutou sobre o assunto, falou com Delfina, ganhou coragem e resolveu deitar-lhe a bolada. Silvério, faço o convite — disse, determinado, o Constantino.

No dia seguinte pôs-se a caminho. Ao chegar foi, logo, procurar o amigo, antes que a coragem desaparecesse. Esta conversa foi na taberna do Zé do Marco, enquanto tomavam um copo de vinho. Nascida a criança, no dia de S. No dia da feira passou o Constantino no Registo Civil da vila e declarou o rapaz.